Um dia o ser humano substituiu a máquina

Há mais de 40 anos, na minha adolescência, brincava com a expressão que ouvia com muita frequência na televisão, nos jornais, na escola e em grupos dos quais participava: “Um dia a máquina vai substituir o homem.”

Naquela época, vi pela primeira vez, o filme do Charlie Chaplin, Tempos Modernos. Estou falando do ano de 1980 aproximadamente, e aquele filme me deu um clique interior para a minha expansão consciencial. Foi um divisor de águas na minha vida!

Comecei a pensar sobre as mensagens propostas no filme, sobre as ações automáticas das pessoas, como se fossem robôs propagando padrões repetitivos, e o sistema de práticas predatórias na economia visando apenas lucro com narrativas de que os fins justificariam os meios. Algo formatado de forma desumanizada, amoral, quantitativa e mecânica.

Naquela época, conclui que o ser humano substituiu a máquina por muitos séculos, e gradativamente, as máquinas estariam assumindo suas reais funções para que o HOMEM e a MULHER pudessem, de fato, realizar aquilo que faz parte da natureza humana: PENSAR, SENTIR, SER e AGIR para a sua evolução pessoal, e contribuindo para a expansão consciencial coletiva da humanidade e do Planeta com foco na construção de um mundo melhor, mais justo, ético, equilibrado e sustentável.

Lembro de diversos comentários e discussões, naquela época, de pessoas e grupos que sentiam medo da tecnologia, acredito que em decorrência deste tipo de narrativa deturpada e alarmista de que a máquina iria substituir o homem. 

Acredito que isso gerava gatilhos de ameaça à sobrevivência. O mundo mudou, mas muitos paradigmas retrógrados ainda imperam na consciência pessoal e coletiva de grande parte dos meios sociais do Planeta! 

E, essas mudanças mundiais serão cada vez mais velozes e exponenciais. É necessário romper os bloqueios emocionais e quebrar paradigmas conservadores que nos bloqueiam e atrasam nos processos adaptativos ao nosso alinhamento saudável às atualizações que surgem.

A única constante é a mudança, e devemos nos abrir para ela de forma orgânica, efetiva e consciente. A vida se renova sempre e devemos estar abertos a isso também! 

Estava assistindo Pequenas Empresas & Grandes Negócios, e vi uma reportagem sobre uma startup de biometria facial, onde o empresário Ricardo Cadar, inovou em tecnologia para resolver as questões das compras de ingressos e entrada no Estádio de Futebol do Palmeiras. Através de reconhecimento facial, o sistema analisa e faz a leitura de 80 pontos do rosto humano, cada pessoa demora apenas três segundos para acessar a catraca da entrada do Estádio, não aceita fotografias, e reconhece a pessoa mesmo ela fazendo caretas e expressões faciais diferentes.

Com esta tecnologia, além de diversas outras vantagens, foi resolvido um antigo problema com cambistas, pois o público compra a sua entrada direto pelo aplicativo e reconhecimento facial. Isso é sensacional! Sistemas tecnológicos que contribuem para diminuir ações criminosas, criar ambientes mais seguros e protegidos e facilitar a vida das pessoas são incríveis!

As mudanças serão cada vez mais rápidas! A globalização, a quarta revolução industrial que traz a convergência de tecnologias digitais, físicas e biológicas, as consequências decorrentes da pandemia, as alterações físicas, mentais, emocionais e comportamentais decorrentes de todo este cenário de transformação, e diversos outros fatores, já estão afetando de diferentes maneiras a vida e a saúde física e mental do ser humano.

Será necessário nos reinventarmos gradativamente, de forma sistêmica, em termos de identidade, em nível consciencial, em sentido e propósito de vida, em como nos relacionamos com nós mesmos e com os outros, na capacidade de gestão mental e emocional com foco em resolução de problemas, conflitos, ética e produtividade.  Agora é o momento de assumirmos o nosso papel, que faz parte da nossa real natureza humana: o de PENSAR, SENTIR, SER e AGIR!

O autoconhecimento e a autoconsciência são dois fatores essenciais para que possamos manter a nossa integridade, ou seja, o nosso estado de estar inteiro, de ser indivisível, de ser pleno. O movimento saudável a ser seguido deve ser direcionado a que as pessoas sejam cada dia mais sinceras, transparentes, saudáveis e íntegras. O efeito colateral desse processo será o de manifestar livremente quem somos de verdade. Essa transição consciencial de evolução é uma enorme oportunidade para que as pessoas despertem para esse processo extremamente profundo, saudável e libertador!

É importante compreender que as mudanças e transformações, as novas tecnologias e recursos que estão surgindo não devem ser reprimidos, rejeitados, criticados de forma automática. Toda nova ferramenta deve ser estudada e utilizada com inteligência racional e emocional. Uma faca pode ser usada para cortar um limão ou para matar um ser humano. Todos os instrumentos são novos recursos que devem ser utilizados com equilíbrio e sabedoria. 

O aparelho celular, por exemplo, bem utilizado, gera infinitos ganhos e benefícios para os seus usuários, porém, utilizado de forma mecânica, inconsciente e inconsequente pode gerar graves problemas comportamentais, relacionais e comprometer a saúde física, mental e psicológica de seus usuários. 

Há uma frase atribuída ao filósofo Francis Bacon que diz: “O dinheiro é um péssimo patrão e um excelente empregado.” E gostaria de sugerir uma expansão desta reflexão. A ideia central é a de que as ferramentas, recursos e objetos são excelentes empregados, existem para serem controlados e o ser humano deve ser o “patrão”, ou seja, estar no comando e gerenciamento como adulto empoderado, consciente, ético, responsável e resolutivo. Este é o caminho para a prosperidade, a autonomia, o sucesso e a liberdade em todas as áreas da vida.

Considero que a liberdade é o direito de ser quem se é de fato, livremente, ou seja, com a sua mente livre, para ter autonomia, espontaneidade e independência. Sejamos livres! 

A Geração Conecta, está direcionada a contribuir para que cada pessoa se manifeste na sociedade, em suas famílias, em grupos sociais, em ambientes corporativos e institucionais de forma livre, sincera, saudável, resolutiva e que possa desenvolver o seu melhor a cada momento!

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